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alergia e tratamento
alergia _ precauções da imunoterapia

precauções da imunoterapia

Na imunoterapia existe o risco de ocorrer reação no local da aplicação ou sistêmicas.


 As reações sistêmicas quando graves são chamadas de reações anafiláticas ou anafilaxia. Tais reações porém são raras se a imunoterapia for administrada de forma correta.

Uma revisão publicada pela Organização Mundial da Alergia (WAO) sobre a frequência de reações sistêmicas em imunoterapia por via subcutânea, usando estudos dos últimos 15 anos, mostrou que ela ocorre em aproximadamente 0,2% das injeções (Cox et al - 2010).


Mesmo com uma frequência baixa, a possibilidade de ocorrerem reações adversas exige algumas medidas de precaução, que devem ser levadas em consideração:

 

  • É recomendado que o paciente permaneça no consultório, clínica ou hospital por pelo menos 30 minutos após a aplicação da vacina, para receber ajuda adequada no caso de ocorrer uma reação sistêmica.

  •  É recomendado que as aplicações sejam feitas em clínicas especializadas e por profissionais capacitados. Ao médico alergista compete a orientação sobre as doses, concentrações e intervalos das vacinas. No Brasil, a imunoterapia é regulamentada pelo CFM Resolução 1784/2006, portanto é procedimento médico exclusivo.

  • É importante o emprego de vacinas seguras e tecnicamente bem preparadas, com pH fisiológico, estéreis, sem irritantes e com o alérgeno correto para o alérgico. Além disso, os frascos de extratos alergênicos devem ser preparados individualmente para cada paciente e documentados com prescrições e formas de administração padronizadas.

  • Os pacientes devem conhecer os sinais e sintomas das reações sistêmicas graves (anafilaxia) e relatar imediatamente ao médico, para que a intervenção envolvendo adrenalina seja realizada.

contraindicações

A imunoterapia não deve ser aplicada nos pacientes com condições que aumentem o risco de efeitos colaterais sistêmicos graves (anafilaxia); pacientes com doenças cardiovasculares significativas e em uso de certos medicamentos que prejudique a administração da adrenalina (usada para tratar as anafilaxias); pacientes mentalmente ou fisicamente incapazes de se comunicar com o profissional de saúde, como o caso de bebês; e pacientes com histórico de não cumprimento a tratamentos, já que esse tópico é importante para que seja obtida boa eficácia terapêutica.
 

De acordo com as diretrizes médicas sobre imunoterapia da Organização Mundial da Saúde (OMS 1998) e da Academia Americana de Alergia (AAAAI 2011), a imunoterapia é contra indicado:​

 

  • Quando o paciente apresentar quadro severo de alergia, por exemplo, asma não controlada por medicamentos e/ou obstrução irreversível de vias respiratórias.

  • Na presença de doenças cardiovasculares significativas, que aumentam o risco de efeitos colaterais na administração da adrenalina no tratamento da anafilaxia.

  • Na Presença de doenças psicológicas graves, que acarretam má adesão ao tratamento.

  • A gravidez não é uma contra indicação para a imunoterapia, embora essa não deva ser iniciada durante a gravidez. Não há evidência de elevação do risco no caso de prescrever ou continuar imunoterapia para uma mãe em amamentação, nem risco para a criança.

  • Quando o paciente fizer uso de certos medicamentos, por exemplo, agentes bloqueadores beta-adrenérgicos e inibidores de ACE (enzima conversora de angiotensina), que podem levar a crises anafiláticas.

considerações
  • A idade avançada não é uma contra indicação. Porém esse é um grupo de pacientes em que há maior incidência de doenças cardiovasculares e de uso de medicamentos beta-bloqueadores, ambos sendo contra indicação.

  • Em relação a pacientes com imunodeficiências ou doenças auto-imunes, não há estudos controlados sobre a efetividade ou riscos associados à imunoterapia. Nesses casos, as preocupações são inteiramente hipotéticas, porem um esquema de dosagem e monitoramento mais cauteloso pode vir a ser adotado.

  • Em relação ao uso em crianças, estudos clínicos mostram que a imunoterapia é eficaz e bem tolerada, inclusive em crianças abaixo de 5 anos de idade. Porém, a imunoterapia em bebês necessita de avaliação dos riscos e benefícios, tendendo a ser evitada.

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