doenças alérgicas

rinite
Pessoas com queixas de “resfriados de repetição”, que espirram, coçam o nariz e têm obstrução ou coriza com uma frequência acima do comum, provavelmente sofrem de rinite alérgica e não de resfriado.
O resfriado comum ou a gripe são infecções, são produzidos por vírus, acontece apenas de quatro a seis vezes ao ano e pode haver também sintomas na garganta e em todo o corpo.
Transmite-se por contágio, comprometendo, então, várias outras pessoas numa mesma época. Já a rinite alérgica é individual (não contagiosa) e relaciona-se com mudanças de temperatura, exposição à poeira, ao mofo e a outras substâncias inaladas.
Os ácaros da poeira domiciliar são, em nosso meio, a causa principal de rinite. Como atualmente vivemos, na grande maioria, em grandes cidades, muitas vezes em ambientes poluídos, inadequados, há uma agressão ao sistema respiratório que pioram o quadro de rinite.
A rinite alérgica, de uma forma mais simples, é definida como uma inflamação do revestimento interno do nariz (a mucosa nasal). Como o nariz comunica-se através de orifícios com cavidades ocas que são os seios paranasais ou seios da face, muitas vezes, ocorre um quadro mais complexo de rinossinusite, ou de rinoconjuntivite quando atinge também os olhos.
sintomas da rinite:
Os portadores de rinite alérgica apresentam sintomas praticamente durante todo o ano, com nítida piora nos meses frios e nas mudanças de tempo.
Os sintomas clássicos são: coceira no nariz (prurido nasal), espirros (quase sempre espirros em salva, ou seja, vários seguidos), secreção aquosa (coriza) tipo clara de ovo e entupimento nasal. De todos esses, o mais característico da alergia é a coceira nasal.
Acompanham os sintomas nasais, lacrimejamento e coceira nos olhos, céu da boca, ouvidos e garganta. É comum a sensação de corrimento de secreção pela parte de trás do nariz para a garganta, conhecido pelo nome de gotejamento pós-nasal, que pode provocar pigarro ou tosse insistente.
complicações da rinite:
Muitas vezes, tanto nos adultos quanto nas crianças, os sintomas da rinite não são valorizados e continuam por tempo prolongado – meses ou anos.
Com o aparecimento da respiração pela boca, é que o processo pode complicar: a obstrução nasal mantida obriga a pessoa a respirar com a boca aberta. Este tipo de respiração provoca desconforto na garganta – que pode variar desde um pigarro, ressecamento, até amigdalites ou faringites repetidas. Não raro, surge também queixa de voz anasalada.
Nas crianças, essa respiração pela boca pode levar também à diminuição do apetite. Elas dormem mal, roncam à noite, babam no travesseiro, têm sono agitado – tornam-se sonolentas e desatentas na escola, prejudicando o aprendizado.
Em alguns casos, a respiração pela boca pode causar o aparecimento de alterações dentárias, como a dentição profusa (“dentuço”), e ainda prejudicar a dinâmica respiratória de maneira profunda, provocando o aparecimento de deformidades do tórax, mesmo quando a criança não tem asma.
A rinite pode também provocar ainda: alterações do olfato, do paladar, da audição, dores de cabeça, falta de ar, tosse, febre, além de olheiras e alterações oculares.
rinite medicamentosa:
Uma complicação importante da rinite alérgica é a rinite medicamentosa, um quadro extremamente importante. É provocada pela atuação de medicamentos na mucosa nasal. Os sintomas iniciais, principalmente entupimento, podem surgir por alergia ou resfriado. Para promover a desobstrução, a pessoa emprega gotas nasais vasoconstritoras, que proporcionam o alívio imediato. Com o uso repetido aparece uma dependência da mucosa à ação dos vasoconstritores, além de uma dependência psíquica importante.
Nessa rinite por gotas nasais, estabelece-se um “ciclo vicioso” significativo: alívio do entupimento pelas gotas vasoconstritoras e a medicação produzindo obstrução por irritação. Com o tempo e o uso reiterado, há um comprometimento da mucosa nasal, com perda de suas funções fisiológicas, e até diminuição do olfato. Além disso, seu uso continuado pode provocar batimento acelerado do coração (taquicardia) e aumento da pressão arterial.