alergia alimentar
peixes e frutos do mar
Os peixes e frutos do mar são alergênicos, de um modo geral, quando ingeridos e por isso geralmente produzem sintomas alérgicos no aparelho digestivo, como vômitos, cólicas, diarreias e inchaços e/ou lesões na boca e na garganta. Em alguns casos podem causar sintomas gerais no corpo mais graves como urticárias na pele, sintomas respiratórios, cardiovasculares e a anafilaxia.
O que causa a alergia são proteínas presentes nestes seres, os alérgenos, e basta uma pequena quantidade destes para desencadear as crises, que podem ocorrer de minutos a horas após a ingestão.
As alergias aos frutos do mar são consideradas uma das mais frequentes e importantes no adulto. Esses seres marítimos são divididos em crustáceos, como camarões, lagostas, caranguejos e siris, e moluscos, como lulas, polvos, mexilhões e ostras. No Brasil, os crustáceos são os mais importantes sensibilizantes, principalmente o camarão, já que os moluscos são pouco incluídos na dieta do brasileiro. Os peixes por sua vez também podem causar reações alérgicas, mas, apesar de eles serem muito consumidos, a frequência de alergia é baixa. A alergia pode surgir após consumo da carne crua ou cozida.
Uma característica marcante das alergias a estes seres é a extrema sensibilidade que algumas pessoas podem desenvolver, a ponto e uma pequena quantidade da carne já ser capaz de provocar sintomas alérgicos intensos, como a anafilaxia. A sensibilidade aos camarões, por exemplo, podem gerar reações até quando da ingestão de peixe, pelo fato de eles ficarem juntos e em contato direto na peixaria. Outro problema é que estes seres são muito utilizados como sabores em alimentos processados diversos.
Para desenvolver a alergia, o alérgico deverá ter tido algum contato com a carne de peixe ou frutos do mar previamente e esta deve ser ingerido algumas vezes antes de se começar a apresentar os sintomas. Com o quadro de alergia estabelecido, com o tempo pode haver uma diminuição natural da gravidade ou mesmo cessar a alergia. Contudo, quando comparado com outras alergias, as para frutos do mar podem perdurar a vida toda, sem diminuir ou desaparecer com o tempo.
reações cruzadas eventuais
Alguns alérgenos estão presentes nas carnes dos peixes e frutos do mar e por isso elas podem causar reações cruzadas entre si, ou seja, uma alergia a carne de camarão pode significar uma alta probabilidade de alergia a carne de caranguejo. Atentar principalmente para as carnes dos animais do mesmo grupo, ou seja, os peixes tem grande probabilidade de reações cruzadas entre si e um molusco como a lula tem maior chance de causar alergias a pessoas sensibilizadas por polvo.
atitudes para ajudar a controlar a sua alergia:
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Leia freqüentemente e atentamente a lista de ingredientes no rótulo dos produtos, incluindo a seção de "pode conter", para confirmar a ausência do alérgeno. Atentar principalmente para produtos industrializados, molhos e sobremesas e leve em consideração o fato das empresas mudarem constantemente os ingredientes de seus produtos.
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Atentar para talheres, panelas, grelhas, chapas e utensílios de cozinha "sujos" com o alérgeno, para evitar a contaminação cruzada, ou seja, que o alimento alergênico passe de uma porção ou guarnição para a outra. Lembrar que uma pequena quantidade do alérgeno já é capaz de desencadear as crises.
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Cuidado com refeições em restaurantes e lanchonetes, lugares onde a contaminação cruzada pode ocorrer mais facilmente.
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Ensine as crianças alérgicas quais os alimentos elas devem evitar e para que elas informem seus professores e cuidadores.
alérgenos mais comuns:
As carnes de animais marinhos mais frequentemente causadoras de alergias no Brasil são:
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Carne de peixe.
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Carne de camarão.
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Carne de lula.
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Carne de mexilhão.
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Carne de caranguejo.
Estes estão disponíveis na forma de extrato alergênico para o diagnóstico cutâneo (na pele), através dos testes de puntura e/ou intradérmico.