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alergia alimentar
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carnes

As carnes são alergênicas, de um modo geral, quando ingeridas e por isso geralmente produzem sintomas alérgicos no aparelho digestivo, como vômitos, cólicas, diarreias e inchaços e/ou lesões na boca e na garganta. Em alguns casos podem causar sintomas gerais no corpo mais graves como urticárias na pele, sintomas respiratórios, cardiovasculares e a anafilaxia.

O que causa a alergia são proteínas presentes nas carnes, os alérgenos, e basta uma pequena quantidade destes para desencadear as crises, que podem ocorrer de minutos a horas após a ingestão.

Não são comuns os casos de sensibilidade a carnes usadas como alimento, de todos os tipos, incluindo vísceras como bucho ou fígado. Constantemente a carne de porco é a carne mais apontada como causadora de sintomas alérgicos, sobretudo nos casos de doenças de pele. Carnes de boi e aves são pouco alergizantes e carnes, como as de carneiro, cabra, búfalo, coelho e caças são muito raras em produzir sintomas alérgicos.

 

O consumo de carne vermelha pode levar a uma síndrome alérgica grave, porém praticamente inexistente no Brasil, chamada de alfa-gal, cujo alérgeno é um carboidrato chamado de galactose-α-1,3-galactose e que está presente em várias carnes de mamíferos como os bovinos e suínos. Esta alergia é desencadeada após a picada de um carrapato chamado de Lone Star (Amblyomma americanum) que tem como habitat a América do Norte, não sendo encontrado no Brasil. O carboidrato alfa-gal está presente na saliva destes carrapatos e por isso, após a picada destes, pode ocorrer o desenvolvimento da alergia às carnes vermelhas.

 

Para desenvolver a alergia, o alérgico deverá ter tido algum contato com a carne previamente e esta deve ser ingerido algumas vezes antes de se começar a apresentar os sintomas. Com o quadro de alergia estabelecido, com o tempo pode haver uma diminuição natural da gravidade ou mesmo cessar a alergia. Por isso, a alergia alimentar é mais comum em crianças pequenas que estão começando o contato com os alimentos e o quadro tende a diminuir de gravidade ou cessar quando estas chegam à idade adulta.

reações cruzadas eventuais

Alguns alérgenos estão presentes nas carnes das diversas espécies de mamíferos e aves e por isso elas podem causar reações cruzadas entre si, ou seja, uma alergia a carne de boi pode significar uma alta probabilidade de alergia a carne de porco. Atentar para os diversos tipos de carnes como vísceras (fígado, intestino, moela, etc.).

atitudes para ajudar a controlar a sua alergia:
  • Leia freqüentemente e atentamente a lista de ingredientes no rótulo dos produtos, incluindo a seção de "pode conter", para confirmar a ausência do alérgeno. Atentar principalmente para produtos industrializados, molhos e sobremesas e leve em consideração o fato das empresas mudarem constantemente os ingredientes de seus produtos.

  • Atentar para talheres, panelas, grelhas, chapas e utensílios de cozinha "sujos" com o alérgeno, para evitar a contaminação cruzada, ou seja, que o alimento alergênico passe de uma porção ou guarnição para a outra. Lembrar que uma pequena quantidade do alérgeno já é capaz de desencadear as crises.

  • Cuidado com refeições em restaurantes e lanchonetes, lugares onde a contaminação cruzada pode ocorrer mais facilmente.

  • Ensine as crianças alérgicas quais os alimentos elas devem evitar e para que elas informem seus professores e cuidadores.

alérgenos mais comuns:

As carnes mais frequentemente causadoras de alergias no Brasil são:

  • Carne de boi e vaca.

  • Carne de porco.

  • Carne de galinha e frango.

 

Estes estão disponíveis na forma de extrato alergênico para o diagnóstico cutâneo (na pele), através dos testes de puntura e/ou intradérmico.

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