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alergia _ frutas e legumes
alergia alimentar

frutas e leguminosas

alimentos vegetais

As frutas, os legumes e as verduras são alergênicos, de um modo geral, quando ingeridos e por isso geralmente produzem sintomas alérgicos no aparelho digestivo, como vômitos, cólicas, diarreias e inchaços e/ou lesões na boca e na garganta.

Em alguns casos podem causar sintomas gerais no corpo mais graves como urticárias na pele, sintomas respiratórios, cardiovasculares e a anafilaxia. O que causa a alergia são proteínas presentes nesses alimentos, os alérgenos, e basta uma pequena quantidade destes para desencadear as crises, que podem ocorrer de minutos a horas após a ingestão.


Dos alimentos de origem vegetal, os legumes e as frutas parecem ser os mais relevantes em causar reações alérgicas, apesar dos cereais serem mais consumidos no mundo. No Brasil, a soja é o alimento vegetal mais sensibilizante, pois é um dos mais utilizados, seja na sua forma pura, de farinha, óleo ou como ingrediente de inúmeros produtos industrializados e processados. A soja é uma proteína barata e é utilizado como espessante e emulsificante de diversos produtos alimentícios, podendo estar presentes, inclusive, misturada em outras farinhas. Seu amplo uso faz-se difícil identifica-la e evita-la nos alimentos processados. Atentar para o leite de soja, usado como substituto do leite de vaca nos casos de alergia, mas que pode também causar alergias.


As liliáceas, que compreendem cebola, cebolinha, alho e aspargos, são encontradas provocando dermatites na pele pelo contato direto e raramente causam alergias digestivas. Outros raros sensibilizantes são os óleos (de soja, de milho, de canola, de girassol e o azeite de oliva). Das verduras, o aipo/ salsão podem causar reações alérgicas e deve-se atentar no uso desses em pratos e guarnições diversas. Esse, inclusive, é um problema importante em toda a alergia alimentar a vegetais, já que estes são incluídos em muitos preparados, como saladas, temperos, sopas, caldos, molhos e etc. sem a informação devida. Além disso, podem ser utilizados em processos de fabricação diversos de produtos naturais e industrializados, causando o risco de ingestão acidental. No mais, são amplamente utilizados na indústria de cosméticos, principalmente as frutas e as oleaginosas (por exemplo, as avelãs, gergelins e castanhas), podendo causar dermatites na pele.


As frutas também podem produzir diversas manifestações alérgicas. O abacaxi, o morango e o tomate liberam substâncias, como a histamina, que simulam ou pioram as reações alérgicas, principalmente as urticárias; já frutas como a laranja, o limão e o figo, atuam produzindo alergia de contato com suas cascas e exposição ao sol; algumas frutas como a banana, o abacate e o kiwi, entre outras, podem provocar reações cruzadas com o látex, componente da borracha, o que significa que uma alergia a uma dessas frutas pode apontar alta probabilidade a alergia ao látex ou a outras frutas do mesmo grupo; o chocolate raramente provoca enxaquecas e reações na pele ou no aparelho digestivo. Na realidade, causa muito menos reações do que lhe é atribuído. Na prática clínica raramente são encontrados casos de alergia a cacau.

reações cruzadas eventuais

Nas reações aos vegetais deve-se levar em conta a “sensibilidade cruzada” que pode existir, principalmente entre os membros de um mesmo grupo (família) vegetal. Ou seja, uma alergia a um alimento vegetal pode significar uma alta probabilidade a se ter alergia a outro vegetal que seja do mesmo grupo.
 

Alguns exemplos destes grupos são: 

 

  • Graminae: Milho, trigo, arroz, cevada, centeio, aveia e cana de açúcar.

  • Liliaceae: Cebola, cebolinha, alho, alho porró e aspargo.

  • Anacardiaceae: Manga, caju, cajá, umbu e pistache.

  • Leguminoseae: Amendoim, feijão, soja, ervilha, grão-de-bico, lentilha e tamarindo.

  • Concurbiaceae: Melancia, pepino, melão, abóbora e chuchu.

  • Rutaceae: Laranja, limão, lima, toranja e tangerina.

atitudes para ajudar a controlar a sua alergia:
  • Leia freqüentemente e atentamente a lista de ingredientes no rótulo dos produtos, incluindo a seção de "pode conter", para confirmar a ausência do alérgeno. Atentar principalmente para produtos industrializados, molhos e sobremesas e leve em consideração o fato das empresas mudarem constantemente os ingredientes de seus produtos.

  • Atentar para talheres, panelas, grelhas, chapas e utensílios de cozinha "sujos" com o alérgeno, para evitar a contaminação cruzada, ou seja, que o alimento alergênico passe de uma porção ou guarnição para a outra. Lembrar que uma pequena quantidade do alérgeno já é capaz de desencadear as crises.

  • Cuidado com refeições em restaurantes e lanchonetes, lugares onde a contaminação cruzada pode ocorrer mais facilmente.

  • Ensine as crianças alérgicas quais os alimentos elas devem evitar e para que elas informem seus professores e cuidadores.

alérgenos mais comuns:

As frutas, verduras e legumes mais frequentemente causadores de alergias no Brasil são:

  • Abacate.

  • Abacaxi.

  • Banana.

  • Batata inglesa.

  • Cacau.

  • Cajá-manga.

  • Caju.

  • Kiwi.

  • Laranja.

  • Limão.

  • Mandioca.

  • Mamão.

  • Manga.

  • Maracujá.

  • Soja.

  • Tangerina.

  • Tomate.

  • Uva.

 

Estes estão disponíveis na forma de extrato alergênico para o diagnóstico cutâneo (na pele), através dos testes de puntura e/ou intradérmico.

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